No Brasil, existe um movimento para disseminar as disciplinas de Design para que o entendimento vá além dos infográficos e elementos bonitos. Esse movimento reflete uma compreensão crescente de que o design é muito mais do que apenas estética superficial; é uma parte intrínseca e indispensável na construção de produtos digitais, especialmente quando se trata da criação de um Produto Mínimo Viável (PMV) para uma validação rápida com os usuários. Nesse contexto, diversas disciplinas de design se unem em uma sinergia estratégica, desempenhando papéis fundamentais na criação de produtos digitais que não apenas cativam visualmente, mas também oferecem experiências excepcionais e funcionais.
Design de Experiência do Usuário (UX Design): O coração desse movimento é o UX Design, uma disciplina que coloca os usuários no centro de cada decisão de design. Compreender as necessidades, desejos e comportamentos dos usuários é crucial para criar uma experiência que seja natural, agradável e significativa. Os UX designers aplicam métodos como pesquisas de usuário, prototipagem e testes de usabilidade para garantir que cada interação seja cuidadosamente projetada para entregar valor tangível.
Design de Interface do Usuário (UI Design): O movimento vai além da estética superficial ao reconhecer que a UI Design desempenha um papel crucial na usabilidade. A escolha de elementos visuais, paletas de cores e tipografia não é apenas uma questão de beleza, mas também de comunicar eficazmente informações e orientar a interação do usuário. O UI Design transforma a funcionalidade em uma experiência visualmente atraente e coerente.
Design de Interação: Sob a superfície do design visual e interações aparentemente simples, o Design de Interação desempenha um papel vital. Ele examina como os usuários navegam pelo produto, como suas ações desencadeiam respostas e como a experiência se desenrola em cada etapa. O design de interação visa minimizar a fricção e maximizar a eficiência, resultando em uma experiência mais fluída e agradável.
Arquitetura de Informação: Reconhecendo que a estrutura de informações é a espinha dorsal de qualquer produto digital, a Arquitetura de Informação ganha destaque. Ela organiza conteúdo e funcionalidades de maneira lógica e acessível, facilitando a navegação do usuário e garantindo que as informações certas estejam disponíveis no momento certo.
Design de Serviços Digitais: No âmbito mais amplo do movimento, o Design de Serviços Digitais se destaca como uma disciplina que conecta cada ponto de contato entre o usuário e o produto. Desde a descoberta até o suporte pós-lançamento, essa abordagem assegura que a experiência seja consistente, coerente e altamente satisfatória.
Testes e Iterações: Uma pedra angular do movimento é a mentalidade de testes contínuos e iterações rápidas. Através de testes com usuários reais, os designers refinam constantemente o produto, incorporando feedback direto para melhorar a usabilidade e a eficácia.
Em suma, o movimento em direção a um entendimento mais profundo das disciplinas de design no Brasil está transformando a maneira como os produtos digitais são concebidos. Ao reconhecer que o design vai além da superfície, os profissionais estão capacitados a criar PMVs que não apenas apresentam elementos bonitos, mas também proporcionam experiências excepcionais e significativas. Essa abordagem estratégica de design é essencial para alcançar a validação rápida e eficaz com os usuários, solidificando a importância do design no cenário de produtos digitais.